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Energia elétrica no Brasil: diversificação das matrizes com o mesmo canal de distribuição

jul. 28, 2021

Energia elétrica no Brasil: diversificação das matrizes com o mesmo

canal de distribuição

Distribuição de energia elétrica

Indiscutivelmente, a energia elétrica é essencial no dia a dia. Seja nas tarefas diárias, como cozinhar, tomar banho, até mesmo no uso da tela em que você lendo este artigo. Tudo passa por processos em que a energia elétrica é um insumo base. E essa energia vem de um conjunto de fontes que formam o que é chamado por matriz energética.

 

Com o avançar da tecnologia, o homem vem buscando cada dia mais diversificar as matrizes energéticas disponíveis, para se adequar às especificidades de cada país ou região. Além disso, a crescente preocupação com a emergência climática, vêm modificando o modo como a população brasileira e mundial extrai a energia elétrica. 

 

Dessa forma, é possível observar que mesmo com a diversificação das matrizes energéticas do Brasil, ainda contamos com o mesmo sistema de distribuição, o que por vezes, pode ser prejudicial para as unidades consumidoras. Para entender um pouco mais sobre esse assunto, continue lendo o artigo.

 

Matrizes energéticas utilizadas no Brasil

 

A matriz energética representa o conjunto de fontes de energia disponíveis no país, para suprir a demanda energética. É por meio da matriz energética que é possível captar e distribuir energia para os setores comerciais, industriais e residenciais. É bastante diversificada as matrizes de energia no Brasil. Composta por dois grupos: fontes renováveis e não renováveis de energia.

 

Das fontes renováveis:

 

Energia hidrelétrica, obtida por meio do potencial hidráulico de um rio, onde são construídas usinas. A energia da água é transformada em energia mecânica, que por sua vez, é transformada em energia elétrica. No Brasil, a energia hidrelétrica é a principal fonte de eletricidade.

 

Geotérmica, é obtida por meio do calor presente no interior do planeta, transformado em energia elétrica. O calor gerado por essas fontes naturais colaboram para a produção de vapor, usado na movimentação das turbinas.

 

Energia eólica, o nordeste brasileiro é a região com maior potencial para produção de energia por meio dos ventos. De acordo com o Atlas Eólico Nacional, o Brasil é o país com a maior capacidade de produção de energia eólica da América Latina e do Caribe.

 

Solar, energia gerada através de placas com células fotovoltaicas que convertem energia solar em energia elétrica. Entre as fontes renováveis disponíveis, a energia solar é a fonte menos utilizada no Brasil para produção de energia elétrica.

 

Biomassa, o etanol é um biocombustível produzido por meio da biomassa. Essa matéria orgânica pode ter origem florestal, como a madeira, origem agrícola, como a cana-de-açúcar e a soja e, origem em rejeitos urbanos e industriais, como o lixo.

 

Das fontes não renováveis:

 

Petróleo, constituído por compostos orgânicos, sobretudo hidrocarbonetos. É um combustível fóssil indispensável em nossa sociedade. Grande parte da produção mundial é destinada à produção de combustível para o setor de transportes e para as atividades industriais.

 

Gás natural, assim como o petróleo, o gás natural pode ser encontrado em solo oceânico. É caracterizado por ser uma mistura de hidrocarbonetos leves na forma gasosa. Seu uso foi intensificado nas últimas décadas, principalmente na geração de energia elétrica e também como combustível automotivo.

 

Carvão mineral, durante a Revolução Industrial, o carvão foi a matriz energética mais utilizada. Carvão são rochas que se formam por processos de sedimentação e decomposição, possuindo em sua composição carbono não cristalizado.

 

Energia nuclear, é por meio do processo de fissão nuclear que se obtém esse tipo de energia. Na natureza, o único elemento que permite realizar o processo de fissão é o urânio. No passado, a energia nuclear produzida era usada para fins militares.

 

Na imagem abaixo, você pode ver a porcentagem de energia gerada por cada matriz energética.


Gráfico das matrizes energéticas do Brasil


Como funciona a rede de distribuição de energia elétrica no Brasil

A rede de distribuição de energia elétrica é um sistema complexo, com o objetivo de conduzir a energia, desde o local de sua produção, até onde será consumida. São redes que integram unidades geradoras, canais de transmissão e distribuição aos consumidores finais de energia elétrica.

 

Inicialmente, a energia produzida fica armazenada em geradores até ser transportada em cabos aéreos fixados em torres de metal, as chamadas redes de transmissão. A eletricidade passa por várias subestações, para que a tensão elétrica seja regulada por transformadores, conforme a necessidade, até chegar ao seu destino. Quando a eletricidade vai se aproximando dos centros consumidores, as subestações reduzem a tensão elétrica para que a energia chegue aos locais de consumo.

 

Alta, média e baixa tensão são os três tipos de linhas de redes de distribuição de energia elétrica. Já a potência de distribuição pode ser dividida em: redes elétricas primárias e redes elétricas secundárias. As primárias são de média tensão e distribuem energia para empresas e indústrias de médio e grande porte. As secundárias são de baixa tensão e abrange os consumidores e atende os consumidores residenciais, estabelecimentos comerciais pequenos e abrange também a iluminação pública.

 

O Sistema Integrado Nacional (SIN) é o maior sistema de transmissão do mundo. É controlado por instituições estatais, sendo composto por empresas de geração, transmissão e distribuição de energia que atuam no país. Esse sistema é responsável por integrar as diferentes regiões produtoras e consumidoras de energia.

 

Apesar dos avanços na interligação da geração, distribuição e entrega de energia elétrica, essa integração ocorreu de forma processual. O impulso principal para a integração foi a evolução da industrialização e urbanização no país, especialmente nas regiões Sudeste e Sul. 


A distribuição de energia elétrica no Brasil envolve processos de produção, transmissão e distribuição até o consumidor final


Problemas de um sistema de distribuição de energia unificado

 

É importante lembrar que no Brasil, mesmo com uma grande diversidade de matrizes energéticas disponíveis, o sistema de distribuição da energia é o mesmo para todos. Isso reflete no país e na economia como um todo. No primeiro semestre de 2021, o Brasil enfrenta a pior seca dos últimos 91 anos. Com isso, os especialistas estão chamando este fenômeno de crise hídrica e especulando a possibilidade de racionamento ou até mesmo, de apagão, caso a situação não seja contornada.

 

O fato é que, como mencionado no artigo anterior, o sistema de distribuição de energia elétrica do Brasil possui diversas falhas, que inclusive, já foram apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no ano de 2010. Por isso, ainda é preciso muito esforço, pesquisa e investimento nas melhorias deste sistema. Caso contrário, mesmo com abundância de alternativas energéticas disponíveis, o sistema elétrico brasileiro pode colapsar. E este cenário pode resultar em novos apagões e consequentemente, em prejuízos para todos os setores econômicos do país. 

 

Soluções possíveis para a descentralização da distribuição de energia

 

O sistema elétrico brasileiro foi construído com base na energia hidráulica, nos reservatórios e na gestão centralizada desses reservatórios. O problema é que quando esses reservatórios não puderem mais garantir a estocagem de água para os momentos de seca, como o que já vem acontecendo, o sistema fica sobrecarregado. É aí que entram as energias alternativas, como fontes complementares as das hidrelétricas.

 

Como pudemos ver no gráfico da porcentagem de energia gerada por cada matriz energética no Brasil, as fontes limpas ainda não são parte significativa da demanda energética do país. Isso porque a descentralização do canal de distribuição de energia elétrica ainda é um assunto que deve demorar para ser resolvido pelo poder público. Segundo analistas, ainda é difícil afirmar que o momento atual vai desencadear em um novo racionamento de energia, porém uma coisa é unanime: com a falta de planejamento estrutural, o custo da energia deve se tornar cada vez mais caro, dada a maior necessidade de acionamento das usinas térmicas, que são mais caras.

 

Esses são problemas que fazem com que empresários brasileiros busquem energia limpa e ininterrupta como alternativa à energia ofertada pela rede da concessionária, como a aplicação de nobreaks em conjunto com sistemas de energia solar ou grupo geradores.

 

Quer saber como se prevenir e contar com um sistema de energia ininterrupta? Então entre em contato conosco!

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